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quarta-feira, 2 de maio de 2012

MEMÓRIA


Memória
Memória a capacidade do sistema nervoso de adquirir e reter habilidades e conhecimentos utilizáveis, o que permite aos organismos vivos beneficiar-se da experiência
Modelo modal da memória o sistema de memória de três estágios, que envolve memória sensorial, curto prazo e longo prazo.
            Memória sensorial: memória para informações sensoriais, armazenadas brevemente em sua forma sensorial original.
            Memória de curto prazo: um sistema de memória de capacidades limitada, que mantém informações na consciência por um breve período de tempo.
            Memória de longo prazo: a armazenagem relativamente permanente de informações.

Mais ficou bem claro que a MCP não e um simples sistema de armazenamento, e sim uma unidade processadora ativa, que lida com múltiplos tipos de informação, como sons, imagens e idéias.
Memória de trabalho e um sistema de processamento ativo que mantém as informações “na linha”, para que possa ser usadas para atividades como solução de problemas, raciocínio e compreensão.
A executiva centra preside as interações entre os subsistemas e a memória de longo prazo.




Efeito da posição serial: a capacidade de lembra itens de uma lista depende da ordem de uma apresentação, com os itens apresentados no inicio ou no final da lista mais bem lembrados do que os do meio. Temos então PRIMAZIA e RECENTICIDADE.
*Memória de longo prazo se diferencia da de curto prazo pela duração e capacidade, ou seja, a de longo prazo consegue reter muito mais informação e tem maior duração sem a perda da mesma em curto período de tempo.
Quais são os estágios básicos da memória?
A abordagem informacional de processamento à memória contém três estágios básicos. A memória sensorial consiste em breves traços no sistema nervoso que refletem processos perceptivos. O material e transmitido da memória sensorial para a memória de curto prazo, um tampão limitado que mantém as informações na consciência por um breve período de tempo. Um modelo influente da MCP é a memória de trabalho, que envolve uma executiva central, uma alça fonológica e um bloco de notas visoespacial. A memória de curto prazo se limita a menos de sete porções de informação, provavelmente em torno de quatro. As regras de agrupamento são determinadas pelos significados fornecidos pela memória de longo prazo. A MLP é uma armazenagem ilimitada, relativamente permanente. Apenas as informações que são por algum motivo, significativas são armazenadas na MLP.

Memória explicita: os processos envolvidos quando as pessoas lembram informações especificas
Memória declarativa: a informação cognitiva recuperada da memória explicita; conhecimentos que podem ser declarados.
Memória episódica: a memória das nossas experiências passadas.
Confabulação: a falsa recordação de uma memória episódica.
Memória semântica: a memória do conhecimento sobre o mundo.

Memória implícita: é processo pelo qual as pessoas mostram uma intensificação da memória, em geral pelo comportamento, sem esforço deliberado e sem qualquer consciência de estar lembrando alguma coisa.
Memória de procedimento: um tipo de memória implícita que envolve habilidades motoras e hábitos comportamentais.
Consolidação: um processo hipotético que se refere à transferência de conteúdos da memória imediata para a memória de longo prazo.
Memória espacial: memória para o ambiente físico, que inclui coisas como localização de objetos, direção e mapas cognitivos.
Esquecimento: a incapacidade de recuperar memórias do armazenamento de longo prazo.
Transitoriedade: memória reduzida com o passar do tempo, tal como esquecer um enredo de um filme.
Desatenção: memória reduzida por não prestar atenção, tal como perder as chaves ou esquecer-se de um almoço marcado.
Bloqueio: incapacidade de lembrar informações necessárias, tal como não conseguir recordar o nome de uma pessoa que encontramos na rua.
Má atribuição: atribuir uma memória á uma fonte errada, tal como pensar que Richard Shiffrin é famoso.
Sugestionabilidade: alterar uma memória devido a informações enganadoras, tal como desenvolver uma falsa memória de eventos que não aconteceram.
Viés: influência de conhecimentos correntes sobre a nossa memória de eventos passados, tal como lembrar nossas atitudes passadas como semelhantes ás nossas atitudes atuais, mesmo que elas tenham mudado.
Persistência: o ressurgimento de memórias indesejadas ou perturbadoras que gostaríamos de esquecer, tal como lembrar uma gafe embaraçosa.

*Amnésia: déficits na memória de logo prazo, resultante de doenças, lesão cerebral ou trauma psicológico. Retrógada: perde informações passadas /anterógrada: a incapacidade de formar novas memórias.
Criptomnésia: um tipo de apropriação inadequada que ocorre quando as pessoas acham que tiveram uma idéia nova, mais apenas recuperaram uma idéia armazenada e deixaram de atribuir a idéia à fonte apropriada. 



Desenvolvimento cognitivo
E a maneira pela qual os indivíduos adquirem conhecimento sobre o mundo circundante ao longo do curso da vida.
Estudos transversais: compara pessoas de diferentes amostras ou idades.
Estudos longitudinais: examina os mesmos indivíduos ao longo do tempo.
Reflexos de orientação: a tendência dos seres humanos de prestar mais atenção a estímulos novos.
Habituação: um decréscimo na resposta devido à repetida exposição a um estimulo.
Poda sináptica: um processo pelo qual as conexões sinápticas do celebro que são frequentemente utilizadas são preservadas, enquanto as que não são frequentemente utilizadas são perdidas.
Assimilação: processo pelo qual uma nova experiência e colocada em um esquema.
Acomodação: o processo pelo qual um esquema e adaptado ou expandido para incorporar uma nova experiência que não se encaixa bem em um esquema existente.
**TOM (teoria da mente) = o termo utilizado para descrever a capacidade de explicar e predizer comportamentos em termos dos estados mentais de outras pessoas.

Piaget definiu quatro estágios do desenvolvimento cognitivo: o sensório-motor (0-2 anos), o pré-operatório (2-7 anos), o operatório concreto (7-12 anos) e o operatório-formal (12 anos em diante).
(0 a 2 anos) Sensório motor:
Os bebes adquirem informações sobre o mundo por meio dos sentidos e respondem reflexamente.
            Diferencia o self dos objetos / reconhece o self dos objetos e começa a agir intencionalmente sobre os objetos / adquire a permanência do objeto.
(2 a 7 anos) Pré-operacional:
As crianças pensam simbolicamente sobre os objetos, mais raciocinam com base na aparência, e não na lógica.
            Aprende a usar a linguagem e a representar objetos por imagens e palavras / o pensamento ainda e egocêntrico; tem dificuldades em assumir o ponto de vista dos outros / classifica os objetos por uma única característica.
(7 a 12 anos) Operacional-concreto:
            Pensar e compreender operações de maneira reversível.
            E capaz de pensar logicamente sobre objetos e eventos / atinge a conservação de numero (6), de massa (7) e de peso (9) / classifica os objetos de acordo com varias características e capaz de ordená-los em serie mais em uma única dimensão como o tamanho.
(12 anos em diante) Operacional-formal:
E capaz de pensar logicamente sobre proposições abstratas e de testar hipóteses sistematicamente.
Preocupa-se com o hipotético, o futuro e os problemas ideológicos.


A teoria de Piaget encontra-se no grupo das teorias cognitivo-evolucionistas, tendo como base os seguintes pressupostos:

a) o desenvolvimento inclui transformações básicas das estruturas cognitivas, que não podem ser explicadas por meio dos parâmetros da aprendizagem associacionista (reforço, repetição, punição, etc.), mas por parâmetros de totalidades organizativas ou sistemas de relações internas;

b) o desenvolvimento das estruturas cognitivas resulta de processos de interação entre o organismo e o meio em que a pessoa está inserida (interacionismo);

c) as estruturas cognitivas são sempre estruturas de ação sobre objetos que evoluem de esquemas sensório-motores para esquemas simbólicos;

d) o desenvolvimento das estruturas cognitivas leva a formas superiores de equilíbrio, o que otimiza a interação e a reciprocidade entre a ação do organismo sobre o objeto (ou situações) e a ação do objeto percebido sobre o organismo.

Em resumo, o desenvolvimento humano, para Piaget, consiste em se alcançar o máximo de operacionalidade em suas atividades motoras, mentais, verbais e sociais e a aprendizagem está intimamente relacionada a tal operacionalidade.



Vygotsky, em pareceria com Luria e Leontiev3, foi o fundador da Psicologia Sócio-histórica.
Os pilares básicos do pensamento Vygotskyano4 são os seguintes: - as funções
psicológicas têm um suporte biológico, pois são produtos da atividade cerebral; - o funcionamento psicológico fundamenta-se nas relações sociais
entre os indivíduos e o mundo exterior, que se desenvolvem num processo histórico e cultural, - a relação homem-mundo não é uma relação direta,
mas mediada por sistemas simbólicos, sendo a linguagem o mais importante.
Por volta dos dois anos de idade, o percurso do pensamento encontra-se com o
da linguagem construindo-se, por meio das interações sociais, o pensamento verbal e a
linguagem racional. Nesse momento, Vygotsky afirma que ocorre a transformação do ser biológico no ser sócio-histórico.

A zona de desenvolvimento proximal (ZDP) é formada pela distância entre o nível de desenvolvimento real, definido por aquilo que o sujeito já consegue fazer sem a ajuda de ninguém, e o nível de desenvolvimento potencial, definido pela capacidade de desempenhar tarefas com a ajuda de um membro mais experiente da cultura.

No que se refere à conceituação de infância, Vygotsky afirma que é um período culturalmente construído e que a construção de conceitos científicos pela criança, depende de um trabalho intencional do professor e/ou de outros membros mais maduros da cultura na Zona de Desenvolvimento Proximal.




Wallon

O desenvolvimento infantil é descontínuo e marcado por contradições e conflitos, gerados pela maturação fisiológica e pelas condições ambientais, o que gera alterações
qualitativas no comportamento da criança.
Para Wallon, que pretendia a gênese da pessoa completa, o desenvolvimento é
um processo descontínuo, não linear, e a passagem de um estágio para o outro é marcada por crises que afetam a conduta da criança. Essas crises, ora têm predominância de fatores afetivos, ora de fatores cognitivos.

Wallon propõe cinco estágios no desenvolvimento do ser humano:

O impulsivo-emocional (1º ano), com predominância dos aspectos afetivos, em que o bebê apresentará sua primeiras reações à pessoas, às quais são consideradas mediadoras da sua relação com o mundo físico. É um estágio de construção do sujeito, onde o trabalho cognitivo está latente e indiferenciado da atividade afetiva. Conflito de natureza endógena.

O sensório-motor e projetivo (até por volta do 3º ano), em que surge a inteligência prática e que a criança poderá dedicar-se à construção da realidade. Por meio da aquisição da marcha, a criança ganha maior autonomia para explorar objetos físicos e espaços. Também nesse estágio ocorre o desenvolvimento da linguagem, possibilitado pela construção da função simbólica que, inicialmente, projeta-se em atos, por isso a denominação de projetiva. Predominância funcional cognitiva. Conflito de natureza exógena.

O personalismo (dos 3 aos 6 anos), que se refere à formação da personalidade. Neste estágio desenvolve-se a consciência de si mesmo, mediante as interações sociais com os outros. Exploração de si mesmo. Início do emprego do pronome Eu. Predominância afetiva. Conflito de natureza endógena.

O categorial (dos 6 aos 11 anos), no qual a diferenciação da personalidade, conquistada no estágio anterior, possibilita grandes progressos intelectuais. Cresce o interesse pelo conhecimento. Construção das capacidades de seriação, classificação e categorização. Predominância das relações cognitivas. Os sentimentos são elaborados no plano mental. Conflito de natureza exógena.

O da puberdade e adolescência (a partir dos 11 anos), que é um estágio fecundo em conflitos. Retomada do conflito eu-outro, próprio do personalismo, agora desencadeado pela crise pubertária. Exploração de si mesmo com uma identidade autônoma, mediante atividades de confronto, auto-afirmação e questionamentos. Predominância afetiva. Conflito de natureza endógena. Apesar da proposição de estágios de desenvolvimento, Wallon afirma que há extrema dependência e estreita relação entre eles e que a criança é um ser integral. Para esse autor, estudar a criança, além de trazer compreensões sobre o psiquismo humano, contribui de forma significativa para a Educação. Ao contrário de Piaget, a preocupação pedagógica é presença forte na psicologia de Wallon.

****As teorias psicogenéticas de Piaget, Vygotsky e Wallon são interacionistas. Isso quer dizer que consideram a ação do meio e suas peculiaridades no desenvolvimento e na aprendizagem humana, pressupondo trocas ativas entre o organismo e o ambiente.

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