Translate

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Nikola Tesla um dos maires cientistas que o mundo já viu!


        Apesar de não estar relacionado a psicologia não podia de deixar de citar sobre um dos maiores cientistas que o mundo já viu, ele foi o inventor das tecnologias que usamos hoje como a energia elétrica alternada que pode ser transmitida em longas distancias, os motores modernos, ate o wi-fi que é tido como uma tecnologia da geração atual foi inventado por ele a geração atual apenas aprimorou sua invenção,inventou também  as lâmpadas florescentes entre outros inventos.





vídeo completo

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sindrome de Hunter

          A Síndrome de Hunter é um distúrbio hereditário recessivo ligado ao cromossomo X, que afeta principalmente pessoas do sexo masculino. Embora incomum, já foram relatados casos de Hunter em mulheres e normalmente a doença é mais branda. Vale observar que as mulheres também podem ser apenas portadoras da Síndrome.

         Os pacientes com essa doença têm um defeito no gene que dá uma incapacidade de fabricar uma enzima importante para degradar uma substância chamada mucopolissacarídeo. Por isso também pode ser chamada de Mucopolissacaridose tipo II (MPS II), as pessoas nascem normais e aos poucos vão apresentando os sinais e sintomas do acúmulo destes mucopolissacarídeos.

         Os sintomas se relacionam principalmente com o aumento do fígado e do baço deixando a barriga maior. Às vezes surge uma hérnia devido à pressão do abdome. As articulações ficam menos móveis e mais espessas e a face tende a ficar inchada. “Progressivamente a criança deixa de ter o desenvolvimento neurológico esperado”,

Fonte: http://institutobaresi.com/tag/sindrome-de-hunter/

quarta-feira, 23 de maio de 2012

John Watson - Teoria do Behaviorismo

Citações famosas por John Watson:


"Dê-me uma dúzia de crianças saudáveis, bem formadas, e meu próprio mundo especificado para criá-los e eu vou garantir a tomar qualquer uma ao acaso e treiná-lo para se transformar em qualquer tipo de especialista que eu selecione - advogado, médico, , artista, comerciante-chefe, e, sim, mesmo mendigo e ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, habilidades, vocações e raça de seus antepassados. eu vou além dos meus fatos e eu admito isso, mas tem o defensores do contrário e eles foram fazendo isso por muitos milhares de anos. " -John B. Watson, behaviorismo , 1930

John B. Watson nasceu 09 de janeiro de 1878.
Ele morreu em 25 de setembro de 1958.

Infância de John Watson:

John B. Watson cresceu em South Carolina.Enquanto ele mais tarde descreveu-se como um estudante pobre, ele entrou Furman University, com a idade de 16 anos. Após graduar-se cinco anos mais tarde, com um grau de mestre, ele começou a estudar psicologia na Universidade de Chicago.Watson recebeu seu Ph.D. em psicologia em 1903.

A carreira de John Watson:

Watson começou a ensinar psicologia da Universidade John Hopkins em 1908. Em 1913, ele deu uma palestra na Universidade de Columbia seminal intitulado Psicologia como a Vê um Behaviorista , que, essencialmente, detalhou a posição behaviorista.
De acordo com John Watson, a psicologia deve ser a ciência do comportamento observável. "A Psicologia como o behaviorista a vê é um ramo puramente objetivo experimental da ciência natural. Seu objetivo teórico é a predição eo controle do comportamento. Introspecção não é parte essencial de seus métodos, nem o valor científico de seus dados depende da prontidão com que se prestam a interpretação em termos de consciência ", explicou (1913).

O "Little Albert" Experimento:

Em seu experimento mais famoso e controverso, conhecido hoje como o "Little Albert" experimento , John Watson e um assistente graduado chamada Rosalie Rayner condicionou uma criança pequena ter medo de um rato branco. Eles realizaram este repetidamente emparelhar o rato branco com um alto ruído estridente, assustadora. Eles também foram capazes de demonstrar que esse medo pode ser generalizado para outros objetos brancos, peludos. A ética do experimento são muitas vezes criticados hoje, especialmente porque o medo da criança nunca foi deconditioned.
Em 2009, os pesquisadores foram capazes de identificar Albert pequeno como um menino chamado Douglas Merritte. A questão de o que aconteceu com a criança tinha intrigado muitos durante décadas.Infelizmente, os pesquisadores descobriram que a criança morreu aos seis anos de hidrocefalia, uma condição médica na qual o fluido se acumula dentro do crânio.
Em 2012, os investigadores apresentaram provas de que Merritte sofria de deficiências neurológicas no momento do experimento Albert Little e que Watson pode ter deliberadamente deturpado o menino como "saudável" e infantil "normal".
Deixando Academia:

Watson ficou na John Hopkins University até 1920. Ele teve um caso com Rayner, se divorciou de sua primeira esposa e foi então convidado pela universidade para renunciar a sua posição.Watson se casou com Rayner e os dois permaneceram juntos até sua morte em 1935. Depois de deixar sua posição acadêmica, Watson começou a trabalhar para uma agência de publicidade onde permaneceu até se aposentar em 1945.
Durante a última parte de sua vida, os relacionamentos, já pobres, John Watson com seus filhos cresceu progressivamente pior. Ele passou seus últimos anos vivendo uma vida reclusa em uma fazenda em Connecticut. Pouco antes de sua morte, ele queimou muitos de seus trabalhos inéditos e cartas pessoais.

Contribuições para a Psicologia

Watson preparou o palco para o behaviorismo, que logo passou a dominar a psicologia.Enquanto o behaviorismo começou a perder sua influência após 1950, muitos dos conceitos e princípios ainda são amplamente usados ​​hoje. Condicionamento e modificação de comportamento ainda são amplamente utilizados na terapia e treinamento comportamental para ajudar os clientes a mudar de comportamentos problemáticos e desenvolver novas habilidades.

Conquistas e Premiações


· 1915 - Atuou como Presidente da American Psychological Association (APA)


· 1919 - Publicado em Psicologia Do ponto de vista de um Behaviorista


· 1925 - Publicado Behaviorismo


· 1928 - Publicação de Atendimento Psicológico Infantil e Criança


· 1957 - recebeu o prêmio da APA de contribuições para a psicologia

Texto retirado de: http://psychology.about.com/od/profilesofmajorthinkers/p/watson.htm



terça-feira, 22 de maio de 2012

Rua o ultimo estagio para um sofrimento ?



     

Quando vemos moradores de rua logo pensamos que são pessoas desonestas e que estão ali por que não trabalham ou são viciados. muitas das vezes vemos que as pessoas num intuito de ajudar se dispõe de moedas e dão aos mesmo acreditando que estão fazendo uma coisa boa pra aquele individuo, só que as pessoas que se encontram na rua são vulneráveis devido a todo o seu sofrimento psicológico que já passaram ou ainda passam então elas não enxergam naquele dinheiro um prato de comida, um banho, entre outras coisas que poderia melhorar sua situação.


Mais enfim essas pessoas que moram nas ruas não estão la por que querem e sim por que não tem condições psicológicas e sociais para se reintegrarem a sociedade, tendo em vista isso a uma grande necessidade de politicas publicas para essa população.


Um ponto importante dessas pessoas e que na sua maioria estão passando por sofrimentos psicológicos ou sociais, e não dando conta de lidar com isso acabam com tudo que tem dinheiro, família e ate a sua dignidade, e depois partem para as ruas e descarregam seus sofrimentos no uso de drogas licitas e inlicitas. se não tratarmos o individuo como um todo mente, alma e corpo dificilmente conseguiremos reintegra-lo a sociedade de forma plena e eficaz.


No vídeo vemos a situação de um integrante de uma banda que depois de de alguns problemas físicos psicológicos, não da conta dessa situação acaba com tudo possui e parte para a rua.



sábado, 19 de maio de 2012

Kurt Goldstein



Kurt Goldstein

Kurt Goldstein (nasceu em 6 de novembro de 1878 – faleceu em19 de setembro de 1965) foi um neurologista e psiquiatra alemão e judeu. Pioneiro em neuropsicologia moderna e co-editor do Jornal of Humanistic Psychology. Ele criou uma teoria holística do organismo, com base na teoria da Gestalt que influenciou profundamente o desenvolvimento da Gestalt-terapia. Seu livro mais importante é "O Organismo" (1934), em alemão: Der Aufbau des Organismus.[1]



Kurt Goldstein nasceu em uma grande família judaica. Após a sua formação inicial ele estudou Filosofia na Universidade de Heidelberg, antes de ir para a Universidade de Breslau, onde estudou Medicina. Em Breslau, Goldstein serviu como um assistente de laboratório deLudwig Edinger e estudou com Carl Wernicke. Goldstein publicou uma pequena enfermaria de neurologia, e depois da morte de Edinger, assumiu o papel de professor de neurologia.

Após a Primeira Guerra Mundial, Goldstein aproveitou o grande número de lesões cerebrais traumáticas na clínica e estabeleceu o Instituto de investigação sobre as consequências de lesões cerebrais e com isso desenvolveu a teoria das relações cérebro-mente.[2]

Em 1930, Goldstein aceitou uma posição na Universidade de Berlim. Em 1933, o Partido Nazista subiu ao poder e Goldstein foi preso e encarcerado em um porão. Depois de uma semana ele foi libertado sob a condição de deixar o país imediatamente e nunca voltar. Em 1934, vivendo em Amsterdão, e apoiado pela Fundação Rockefeller, e escreveu sua obra principal: O Organismo. Goldstein emigrou para os EUAem 1935 e tornou-se um cidadão americano em 1940.



Kurt Goldstein era um adepto da Psicologia da Gestalt e, apoiando-se sobre a lei de figura e fundo, descrita por esta escola para explicar os processos de percepção no homem, adota esta noção da percepção como uma dinâmica na formação de figuras e fundos para buscar um modelo referencial adequado para tratar da natureza do homem. A preocupação deste teórico e pesquisador era buscar um modelo holístico que pudesse explicar as mudanças de personalidade apresentadas por pacientes que haviam sofrido lesões cerebrais permanentes. Kurt Goldstein não acreditava na possibilidade de entender estes indivíduos dentro de um ponto de vista que valorizasse apenas as mudanças no ambiente (dados sócio-culturais ou geográficos), nem apenas os aspectos meramente físicos de suas doenças (lesões cerebrais). O que ele verificara é que a personalidade total destes indivíduos mudava em função das lesões sofridas, não podendo esta mudança ser entendida apenas como meros reflexos físicos destas lesões.

Grande parte das considerações feitas por Kurt Goldstein em seu livro “The Organism”, publicado na década de 50 e recentemente reeditado nos Estados Unidos graças ao esforço do neurofisiologista Oliver Sacks, são transpostas pela Gestalt Terapia para explicar o processo de auto-regulação organísmica do homem de modo abrangente. É importante ressaltar que os estudos efetuados por Kurt Goldstein foram basicamente implementados dentro da área de pesquisas da neurofisiologia dedicada a acompanhar as mudanças que ocorriam em pessoas vítimas de seqüelas produzidas por diversos tipos de lesões cerebrais causadas por ferimentos de guerrA

1 - A teoria organísmica-holística de Kurt Godstein como parâmetro para a construção de uma teoria da personalidade humana.

A preocupação do autor em buscar uma abordagem holística na biologia e a direta conexão com suas pesquisas na área das patologias neurofisiológicas. Kurt Goldstein não propunha a se dedicar ao estudo do comportamento humano do ponto de vista psicológico e sim biológico, mesmo que holisticamente compreendendo não ser possível isolar estas áreas de estudo, também não pretendeu criar leis ou premissas que pudessem ser aplicadas de modo amplo aos modelos normais de comportamento humano. Seu modelo, mesmo que inovador e crítico em relação ao método preponderante de estudo nas pesquisas naturais, é ainda um modelo biológico e voltado para o estudo de fenômenos patológicos. a riqueza da teoria organísmica presente na obra de Kurt Goldstein foi enriquecedora e fundamental para a visão de homem, ainda não muito mudada, na teoria da abordagem gestáltica.

No prefácio do livro “The Organism” já fica clara a intenção do autor de propor um novo método para o estudo dos seres vivos, principalmente o homem. Este método, chamado de holítistico, propunha-se a entender o organismo como um todo e não como a soma de partes isoladas. Pelo método holístico, nenhum tipo de experiência deve ser excluída, ao se estudar os seres vivos - toda e qualquer forma de experiência é válida para o entendimento global do funcionamento deste ser. Quanto à visão de ser humano, contida na teoria holística de Kurt Goldstein, este defendia que o sentido de “ser” só é possível através da experiência conjunta de existência com os outros e no mundo( teoria do campo)



AUTO REGULAÇÃO

Goldstein definia a auto-regulação organísmica como uma forma do organismo de interagir com o mundo, segundo a qual o organismo pode se atualizar, respeitando a sua natureza, do melhor modo possível. Este lidar com o meio pode se dar tanto através de reações de aceitação e adaptação a este, quanto também através de ações de rejeição e fuga do mesmo. Quanto à continuidade do sistema é ameaçada pelo contato com o meio, a retirada do contato é uma tentativa de adaptação do organismo. Esta noção de fuga, de resistência, como respostas também de equilibração, é claramente levada para o campo conceitual da Gestalt terapia



QUANTO AOS SINTOMAS

Quanto a noção de sintoma, a Gestalt terapia tinha o claro objetivo de construir uma conceituação bastante diversa das teorias psicopatológicas preponderantes na psicologia, no momento de sua criação. Kurt Goldstein já defendia que os sintomas deveriam ser encarados como tentativas de adaptação do organismo, como respostas deste buscando equilibrar-se entre as demandas do meio e as necessidades prioritárias para o funcionamento do organismo. Um mesmo distúrbio pode ser a base de sintomas bastante distintos em indivíduos diferentes ou em momentos de vida diversos de um mesmo indivíduo. Não há uma regra clara e simples para descrever sintomas esperados a partir de um distúrbio diagnosticado. A ressalva que Kurt Goldstein faz é de que, de um modo geral, quando o organismo é confrontado a executar uma tarefa que, por qualquer razão, não está habilitado a executá-la, ele apresentará um comportamento desordenado diante da situação. Goldstein destacava que estas situações de ser provocado a realizar algo que não tem condições de fazer geravam, o que podemos chamar, de grande ansiedade no organismo e que os comportamentos desordenados resultantes são comportamentos desarmônicos, tanto do ponto de vista do organismo, quanto do meio ambiente. No homem isto levava há um fenômeno descrito por Goldstein, principalmente nos casos de indivíduos lesionados cerebralmente, onde o sujeito evitava, de todos os modos possíveis, expor-se às situações onde fosse necessária a execução de ações que não estivesse apto a executar. Goldstein apontava como uma conseqüência, do descrito acima, uma tendência destes pacientes em buscar comportamentos padronizados de ordem, uma tendência em evitar experiências que pudessem gerar qualquer sensação de vazio, de desordenação. Fritz Perls amplia esta noção para descrever comportamentos presentes nos mecanismos neuróticos, onde esta evitação da novidade, de situações geradoras de sensação de vazio, também se faz notar como uma tentativa neurótica de padronização de modos de atuação já conhecidos

ORGANISMO COMO UMA UNIDADE

Goldstein já trazia o pensamento sistêmico para constituir as bases da teoria organísmica. Dentro desta visão, o organismo é compreendido em si como um sistema, que funciona como uma unidade, sendo que qualquer estímulo que atinja este organismo em qualquer um dos seus subsistemas, necessariamente promoverá mudanças na unidade total. Os padrões de resposta (perfomances) desta unidade são guiados por um objetivo único – a busca de equilíbrio do sistema global. Kurt Goldstein já dizia que este modo de funcionamento se dava de forma semelhante à lei de figura-fundo da Psicologia da Gestalt para explicar os fenômenos perceptivos. Fritz Perls irá ainda mais longe, estendendo a lei de figura-fundo para todas as áreas de funcionamento do homem. Sendo assim, a emergência de tarefas, desafios, ou ações necessárias ao bom funcionamento do organismo surgem como figuras que se destacam como prioridades para o indivíduo. Estes desafios conforme Goldstein, Perls chamará meramente de necessidades. Goldstein dizia que estas eram definidas pela “essência” (dotação natural) do organismo. As mesmas são atualizadas diante das mudanças trazidas pela relação com o meio circundante, que está interagindo permanentemente com o organismo total. O equilíbrio acontece quando o organismo consegue se atualizar através de suas performance, lidando simultaneamente com as demandas do meio.

TEORIA DOS INSTINTOS E REFLEXOS

Goldstein trouxe importantes contribuições para as teorias dos instintos e dos reflexos. Ele destacou que os reflexos também deveriam ser estudados e explicados dentro de uma visão holística – que assim como qualquer outra reação do organismo eles deveriam ser entendidos como uma resposta do organismo de modo global. Ele mostrou que um reflexo não sofria modificações relativas apenas ao estado geral do organismo, premissa esta já aceita na teoria dos reflexos vigentes, mas sim que desde o início as reações do organismo estão condicionadas pelo campo muito mais além do que o do arco-reflexo. Goldstein opunha-se, radicalmente, a visão que defendia que as perfomances do organismo seriam uma mera composição de reflexos. Até mesmo as ações instintivas também só poderiam ser compreendidas do ponto de vista holístico, ou seja, como referentes ao organismo como um todo e de acordo com as diversidades de cada situação.

REFLEXOS CONDICIONADOS

Goldstein não descartava a importância da formação de reflexos condicionados para o processo educativo da criança. Ele defendia que alguns hábitos (citando especificamente a formação de hábitos relativos ao toalete) eram adquiridos através da formação de reflexos condicionados. No entanto, com o amadurecimento desta criança, haveria uma integração destes hábitos com uma reflexão (insight) sobre estes, levando a execução de comportamentos intencionais. A maturação dotaria então o organismo da capacidade de lidar de modo satisfatório com situações novas. Sendo assim, quanto mais madura a criança menos ela apresentará comportamentos governados por instintos. Nesta linha de pensamento, Goldstein trouxe considerações muito inovadoras sobre o conceito de drives*. Ele questionou o pensamento vigente que pregava que o objetivo primeiro dos drives (impulsos) seria o de descarregar o organismo de algum excesso de tensão. Na realidade, Goldstein acreditava que esta tendência à descarga de tensão como a prioridade do organismo é uma expressão de desarranjo, de mau funcionamento do mesmo.

A lei que governaria o funcionamento dos organismos era, para a Goldstein, a da tendência para atualizar-se. Segundo suas palavras:

"Podemos dizer que um organismo é regido pela tendência arealizar, tanto quanto possível, as suas capacidades individuais, a sua" natureza "do mundo. Essa natureza é o que chamamos deconstituição psicossomática, ... Esta tendência para realizar sua natureza, para realizar "em si", é a unidade básica, a única unidadepela qual a vida do organismo é determinado. "(P. 162)



RESPOSTA HARMÔNICA E DESARMÔNICA

Então, compreendendo o processo de busca de auto-atualização como um processo holisticamente natural do organismo, como uma potencialidade intrínseca do ser humano, Goldstein afirmava que quando o indivíduo apresentava respostas antagônicas ou desarmônicas a este princípio é por que este estava submetido a condições inadequadas de funcionamento harmônico do indivíduo. Ele dizia que no caso da ansiedade as variações das respostas desarmônicas poderiam ser entendidas pelo grau de severidade da experiência de perigo ou de dano ao qual o indivíduo estava sendo submetido.

Goldstein dizia que, na realidade, não é correto afirmar que uma pessoa tem um sentimento de ansiedade, mas sim, que esta pessoa é a personificação do estado ansioso em um dado momento. Ou seja, assim como as respostas catastróficas dos pacientes lesionados, o fenômeno da ansiedade diz respeito à experiência vivida por uma pessoa quando ela se defronta com sua impossibilidade de reagir diante de demandas do meio. Ou seja, para se compreender o fenômeno da ansiedade é primordial compreender também o meio específico desta situação.

Goldstein compreendia que no funcionamento do indivíduo normal poderíamos verificar dois movimentos distintos na sua interação com o meio – um que busca evitar a experiência da ansiedade através da criação de padrões de conduta e de mecanismos esteriotipados para lidar com as situações, e outro, igualmente importante, que leva o indivíduo a buscar novas experiências através da expansão de suas possibilidades de ação e de reflexão. Neste sentido, Goldstein deu grande importância ao papel da criatividade como um dos potenciais naturais do ser humano que lhe possibilitam se auto-regular. Ou seja, evitação de ansiedade e busca da novidade, da mudança, são movimentos igualmente importantes para o processo de auto-regulação do sujeito.



PADRÕES DIFERENTES DE COMPORTAMENTO

Goldstein descrevia três padrões diferentes do comportamento do indivíduo – o que ele nomeava performace estaria relacionado ao comportamento consciente, as atitudes que estariam ligadas aos estados internos nos quais ele incluía os sentimentos, humores e afetos e os processos fisiológicos que se relacionariam aos eventos somáticos. A estes três aspectos do comportamento corresponderiam os conceitos tão conhecidos de mente, alma e corpo. Goldstein destacava que é fundamental entender que esta distinção é artificial, é um artifício para se compreender aspectos isolados do comportamento total do indivíduo. Algumas vezes estes modos do comportamento poderiam aparecer como entidades de fato isoladas, mas seria um fenômeno compreensível pela lei de figura-fundo, a qual possibilitaria explicar que haja, temporariamente, um destaque para um dos campos da experiência mas estando os outros aspectos do comportamento compondo o fundo da realidade global do homem. Sendo assim, o pensamento só pode se dar de modo conjunto com uma experiência emocional em um ser que experimenta um estado de corporeidade. Esta visão de Kurt Goldstein trouxe uma nova possibilidade para o entendimento do dito inconsciente – àquilo que não está presente na consciência em um determinado momento compõe um fundo também constituinte do todo do ser global. Esta noção de consciente e inconsciente como possibilidades intercambiáveis do comportamento do homem se manifestar, também foi adotada pela teoria da gestalt terapia.



SUA OBRA NA PRATICA QUANTO A DOENÇA

Para se entender a doença é necessário partir de uma concepção da natureza daquele indivíduo. A doença é vista como um distúrbio no processo vital do homem (auto-regulação organísmica) diante de uma situação que o coloca em risco. Para que haja uma reabilitação deste estar doente é imprescindível que um novo modo de funcionamento, individual, surja permitindo uma adequação as restrições experimentadas. Então, o bem estar se apresenta como um novo modo harmônico de funcionamento, dado que o antes experimentado já não é mais viável. Deste modo, podemos pensar que a possibilidade de mudar surge como uma habilidade do indivíduo de restaurar seu bem estar. Apenas em condições patológicas é que a tendência em tentar preservar um estado inalterado de comportamento se manifesta, ele considera que qualquer mudança nesta unidade é consoante com um mudança que também ocorre no meio. A necessidade de um olhar individual sobre as alterações apresentadas por uma pessoa doente não significa a defesa de um olhar individualista pois, este sujeito, é um ser social que manifesta uma doença não desvinculadamente de sua experiência global.

domingo, 13 de maio de 2012

BORDERLINE



O que é personalidade borderline
Diversos autores o utilizam o termo borderline, há mais de um século, para se referir a um grupo de pacientes que se caracterizam, basicamente, por apresentar uma alteração na fronteira (ou na borda) entre a neurose e a psicose.
Como acontece sempre em psiquiatria com outros diagnósticos, o termo Transtorno Borderline tem uma longa história, passando por diversos conceitos e denominações ao logo do tempo. A primeira vez que apareceu o termo borderline é em 1884. Nesse ano, Hughes (psiquiatra inglês) designa assim aos estados borderline da loucura, definindo assim essas pessoas que passaram toda sua vida de lado a outro da linha da sanidade. Alguns autores da época usavam esse diagnóstico quando havia sintomas neuróticos graves.
Stern, em 1938, finalmente formaliza o termo borderline. Refere-se a uma espécie de “hemorragia mental”, desencadeada por grande intolerância à frustração. Os enfermos têm o sentimento permanente de estar magoados, injuriados e feridos emocionalmente.
Em 1967, Grinker e outros descrevem a síndrome borderline, cujas características seriam:  Sentimento de raiva como afeto único ou essencial;  Anáclise como transtorno nas relações objetais (aderência patológica – veja Depressão Anaclínica); Ausência de auto-identidade consistente (instabilidade); Depressão sem sentimento de culpa, sem auto-acusação ou remorso.  SITE: PSIQWEB
O transtorno de personalidade Borderline ocorre mais frequentemente em mulheres (aproximadamente 75% dos casos). Ele é caracterizado pela instabilidade emocional, impulsividade, manifestações inadequadas de raiva, baixa autoestima, comportamento autodestrutivo, tendência ao suicídio, insegurança, hipersensibilidade às críticas, incapacidade em aceitar as regras e a rotina, expectativa de conseguir recompensas desproporcionais, intolerância à frustração e solidão, e medo de abandono – na maioria das vezes, irreal. As pessoas acometidas tendem a ter relacionamentos intensos, mas confusos e desorganizados: uma pessoa que, para o Borderline, é excepcional, em pouco tempo pode ser, sob sua ótica, a pior pessoa do mundo – basta não corresponder à sua idealização ou rejeitá-la sob a sua concepção, nem sempre verdadeira. Além disso, tais pessoas podem explorar e manipular os outros, algumas vezes de forma inconsciente; e, em alguns casos, também podem manifestar sintomas psicóticos.
Trechos retirados dos seguintes sites:
 http://www.fsanet.com.br/site/materia.php?id=607
http://www.brasilescola.com/doencas/transtorno-personalidade-borderline.htm
Imagen: http://www.availableimages.com/movies/1930/borderline/pictures-borderline_pph_0.html

quinta-feira, 10 de maio de 2012

ESQUIZOFRENIA



A esquizofrenia é uma doença que se caracteriza pela dificuldade que a pessoa apresenta de diferenciar a realidade suas crenças e percepções muito incomuns. Ela aparece normalmente entre o final da adolescência e começo da vida adulta e atinge cerca de 1% da população. A esquizofrenia é uma doença que altera o funcionamento do cérebro e, portanto, o tratamento com remédios é fundamental. Os sintomas causam muitas dificuldades para a pessoa e para os familiares. Neste tópico apresentaremos os principais sintomas de maneira que possam ser compreendidos.
A pessoa passa a acreditar que a realidade se apresenta de uma maneira diferente, suas idéias e pensamentos apresentam conteúdos que para ela são verdade, mas que não estão realmente acontecendo. Por exemplo, ela pode acreditar que está sendo perseguida, que está sendo filmada, em conseqüência, que tem poderes especiais ou uma missão muito importante no mundo. Estas crenças são uma convicção para a pessoa e não se desfazem com nenhuma argumentação. Elas são chamadas pelos médicos de delírios.

As percepções dos cinco sentidos também ficam modificadas, a pessoa passa a ter percepções sem que haja o estímulo externo. Por exemplo, ouvir vozes que comentam o seu comportamento ou dão ordens, e não há ninguém falando. Também pode sentir cheiros e gosto diferentes em alimentos saudáveis; pode ter visões sem os objetos reais; e pode ter formigamento e outras sensações no corpo. Estas percepções recebem o nome de alucinações.

Os pensamentos podem ficar confusos. A pessoa pode ter a sensação que seus pensamentos podem ser lidos por outras pessoas; pode ter a sensação que seus pensamentos foram roubados ou que podem ser controlados; e ainda que pensamentos estranhos foram colocados em sua cabeça. Esta confusão dos pensamentos se expressa na forma como a pessoa se comunica, para as outras pessoas parece que ela fala coisas sem sentido ou em alguns casos o que diz parece uma salada de palavras. Os médicos chamam estas vivências de alterações do pensamento.

A pessoa passa a ter uma perda da vontade para realizar suas atividades. Em parte por uma perda do prazer em realizá-las e em parte por dificuldades novas, que antes não tinha, como por exemplo, dificuldades de memória e organizar-se para realizar tarefas com começo, meio e fim. Isto se pode se dar com as atividades mais corriqueiras. Estas dificuldades são chamadas de perda da vontade e déficits cognitivos.

Há uma dificuldade em expressar os sentimentos e emoções, passando a impressão de que perdeu estas capacidades. Na realidade a pessoa tem sentimentos e emoções e é angustiante para ela não conseguir demonstrá-las. É como se a pessoas estivesse alheia ao que se passa à sua volta e a vida fosse um filme monótono em branco e preto. Estas dificuldades são chamadas de alterações do afeto.

É preciso lembrar que os sintomas acontecem ao mesmo tempo, mudando o comportamento da pessoa o que confunde muito a família e os amigos.
Também é importante saber que a esquizofrenia evolui através de crises agudas e períodos de remissão. As crises agudas se bem tratadas podem ser controladas em torno de um mês. Os períodos de remissão se bem tratados podem durar anos, durante os quais a pessoa tem a possibilidade de redesenhar o seu caminho de vida. A esquizofrenia é um transtorno mental crônico, isto é, precisa de tratamento por tempo indeterminado. Geralmente as crises ocorrem porque a pessoa abandona os tratamentos, por isso seguir os tratamentos é fundamental.

Imagem: www.top30.com.br



quarta-feira, 9 de maio de 2012

TEXTO MOTIVACIONAL - A ÁGUIA E O PARDAL



Texto motivacional – A águia e o pardal

O Sol anunciava o final de mais um dia e lá, entre as árvores, estava Andala, um pardal que não se cansava de observar Yan, a grande águia. Seu vôo preciso, perfeito, enchia seus olhos de admiração.
Sentia vontade de voar como a águia, mas não sabia como o fazer. Sentia vontade de ser forte como a águia, mas não conseguia assim ser.
Todavia, não cansava de segui-la por entre as árvores só para vislumbrar tamanha beleza. Um dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo de Yan, e de repente a águia sumiu de sua visão. Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia havia desaparecido.
Foi quando levou um enorme susto, deparou de uma forma muito repentina com a grande águia a sua frente. Tentou conter o seu vôo, mas foi impossível, acabou batendo de frente com o belo pássaro. Caiu desnorteado no chão e quando voltou a si, pode ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado observando-o.
Sentiu um calafrio no peito, suas asas ficaram arrepiadas e pôs-se em posição de luta. A águia em sua quietude apenas o olhava calma e mansamente, e com uma expressão séria, perguntou-lhe:
- Por que estás a me vigiar, Andala?
- Quero ser uma águia como tu, Yan. Mas meu vôo é baixo, pois minhas asas são curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar seus limites.
- E como te sentes amigo sem poder desfrutar, usufruir de tudo aquilo que está além do que podes alcançar com tuas pequenas asas?
- Sinto tristeza. Uma profunda tristeza. A vontade é muito grande de realizar esse sonho…
- O pardal suspirou olhando para o chão… E disse:
- Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar. És tão única, tão bela. Passo o dia a observar-te.
- E não voas? Ficas o tempo inteiro a me observar? Indagou Yan.
- Sim. A grande verdade é que gostaria de voar como tu voas…
Mas as tuas alturas são demasiadas para mim e creio não ter forças para suportar com sucesso os mesmos ventos que, com graça e experiência, tu cortas harmoniosamente…
- Andala, bem sabes que a natureza de cada um de nós é diferente, e isso não quer dizer que nunca poderás voar como uma águia. Sê firme em teu propósito e deixa que a águia que vive em ti possa dar rumos diferentes aos teus instintos. Se abrires apenas uma fresta para que esta águia que está em ti possa te guiar, esta dar-te-á a possibilidade de vires a voar tão alto como eu. Acredita!
- E assim, a águia preparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao pequeno pássaro que a ouvia atentamente: Andala, apenas mais uma coisa:
- Não poderás voar como uma águia, se não treinares incansavelmente por todos os dias. O treino é o que dá conhecimento, fortalecimento e compreensão para que possas dar realidade a teus sonhos.
Se não pões em prática a tua vontade, teu sonho sempre será apenas um sonho. Esta realidade é apenas para aqueles que não temem quebrar limites, crenças, conhecendo o que deve ser realmente conhecido. É para aqueles que acredita serem livres, e quando trazes a liberdade em teu coração poderás adquirir as formas que desejares, pois já não estarás apegado a nenhuma delas. Serás livre!
Um pardal poderá, sempre, transformar-se com sucesso numa águia, se esta for sua vontade. Confia em ti e voa, entrega tuas asas aos ventos e aprende o equilíbrio com eles. Tudo é possível para aqueles que compreenderam que são seres livres, basta apenas acreditar, basta apenas confiar na tua capacidade em aprender e ser feliz com tua escolha.

 Fonte do texto: http://sucesso.powerminas.com/texto-motivacional-a-aguia-e-o-pardal/
Autor da foto: Willian Luciano

terça-feira, 8 de maio de 2012

Técnica de estimulação do cérebro contra o mal Alzheimer

Cérebro/ Wikimedia Commons


No Mal de Alzheimer, a região do cérebro conhecida como hipocampo é uma das primeiras a encolher. Nela funciona o centro de memória, convertendo memória de curto prazo em memória de longo prazo.
A equipe da University of Toronto está usando uma técnica conhecida como Estimulação Cerebral Profunda, que envolve a aplicação de eletricidade em certas regiões do cérebro.
Em dois pacientes, o processo esperado de deterioração da área do cérebro associada à memória não apenas foi revertido como também voltou a crescer.
O procedimento é feito sob anestesia local. Um exame de ressonância magnética identifica o alvo dentro do cérebro. A cabeça é mantida em uma posição fixa, uma pequena região do cérebro é exposta e eletrodos são posicionados próximo à região do cérebro a ser estimulada.
             
 fonte :BBC Brasil

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Circuncisões femininas, oque você pensa sobre isso?


Mais de 92 milhões circuncisões femininas já foram realizadas só em África. O Quênia é considerado um criminoso primário desta prática desumana, com quase 40% (departamento de Estado dos EUA: 2010) das mulheres ainda submetidos ao procedimento, apesar do fato de que agora é ilegal. Neste filme, várias mulheres, de quem acabou submetido a procedimento para aqueles que realizá-lo, são entrevistados sobre as suas percepções e pressões sociais no seio das pequenas comunidades rurais onde o procedimento ainda é considerada um rito de passagem vital para uma menina com vencimento . Muitas dessas comunidades menores também se ligam a prática diretamente à honra do nome da família. A MGF é intertwinned com as questões do casamento forçado com homens mais velhos e meninas sendo forçadas a abandonar a escola. Muitas vezes, é um pré-requisito para noivas adolescentes, cujas famílias esperam ganhar um grande "lobolo" ou dote de propriedade do noivo.
O preço de não passar pelo processo de iniciação é o isolamento social e rejeição, enquanto que, infelizmente, as conseqüências para a saúde daqueles que sofrem o processo são muitas vezes muito pior, e como um entrevistado estados, pode resultar em morte por infecção e complicações. Vide Vídeo
Eu não poderia deixar de lembrar os meus dois pacientes de fístula na década de 1970 como o Quénia observado o Dia Internacional de Tolerância Zero à MGF em 6 de fevereiro de 2012. Para o Quénia, este foi apenas quatro meses desde que o presidente Mwai Kibaki em 30 de setembro de 2011, assinou uma lei proibindo a prática da MGF. Geralmente, nas comunidades onde é praticada, a MGF não é visto como um ato perigoso ou violação dos direitos, mas mais como um passo necessário para levantar uma menina, e em muitos casos, como um rito de passagem, mesmo que seja da mente incompreensível como isso pode ser aplicado para crianças a partir dos 5 anos!

domingo, 6 de maio de 2012

fase fálica



       Freud acreditava que, em algum momento entre 3 e 5 anos, na fase fálica, as crianças pequenas descobrem que os genitais fornecem prazer. Ele também pensava que a maioria das crianças pequenas começa a se masturbar nesse período.As fantasias durante a masturbação preparam o cenário para uma crise. A criança ama o pai do sexo oposto excessivamente e sente rivalidade intensa com o genitor do mesmo sexo. No caso das mulheres, o conflito é conhecido como complexo de Electra; nos meninos, complexo de Édipo. Os nomes originam-se dos personagens gregos lendários que tinham conflitos intensos dessa natureza.

fonte: livro-Introdução à psicologia de Linda L. Davidoff (terceira edição)

síndrome de patau


            fatores genéticos;

          Normalmente, os seres humanos apresentam 23 pares de cromossomos, ou seja, são 46 cromossomos repartidos em 23 pares de 2 cromossomos. A trissomia ocorre quando um indivíduo apresenta 3 cromossomos no grupo 13.
            Esta anomalia origina-se no gameta feminino (óvulo) e estudos revelam que entre 40 a 60% das crianças que apresentam esta síndrome são proles de mães com idade superior a 35 anos. A não disjunção dos cromossomos durante o processo de anáfase 1 da meiose, origina gametas com 24 cromátides, ou seja, o gameta apresenta um par de cromossomos 13 que, em conjunto com o cromossomo 13 do espermatozóide, resulta em um embrião com trissomia.
           Os portadores da trissomia 13 apresentam graves malformações do sistema nervoso central, como, por exemplo, arrinencefalia; baixo peso ao nascimento; defeitos na formação dos olhos ou ausência dos mesmos; problemas auditivos; anormalidades no controle da respiração; fenda palatina e/ou lábio leporino; rins policísticos; malformação das mãos. Defeitos cardíacos congênitos também estão comumente presente nesta síndrome, bem como defeitos urogenitais que englobam criptorquidia nos meninos, útero bicornado e ovários hipoplásicos nas meninas. Tanto nas mãos quanto nos pés pode haver polidactilia.
           Hoje em dia, já estão disponíveis diferentes exames capazes de identificar com detalhes os cromossomos afetados e seus segmentos, alcançando-se um diagnóstico preciso da síndrome antes mesmo do nascimento. Após detectada a trissomia, é necessária a realização de alguns exames complementares para confirmação do diagnóstico.
           A incidência da trissomia 13 é muito mais elevada em crianças do sexo feminino do que no masculino, afetando em torno de 1 em cada 7.000 nascidos vivos. Todavia, acredita-se que somente 2,5% dos fetos com trissomia 13 nasçam vivos, sendo esta uma das principais causas de aborto espontâneo nos três primeiros meses de gestação.
           Por esta ser uma moléstia grave e que apresenta diferentes malformações congênitas, o prognóstico de sobrevivência é muito curto, sendo que a maior parte dos nascidos vivos morre dentro do primeiro mês de vida. No entanto, há parcos relatos de crianças portadoras da síndrome que sobreviveu até os 10 anos de idade.

síndrome de down

fatores genéticos: 


Ficheiro:Trisomie 21 Genom-Schema.gif
•  trissomia simples (padrão): a pessoa possui 47 cromossomos em todas as células (ocorre em cerca de 95% dos casos de Síndrome de Down). A causa da trissomia simples do cromossomo 21 é a não disjunção cromossômica.
•  translocação: o cromossomo extra do par 21 fica "grudado" em outro cromossomo. Nese caso embora indivíduo tenha 46 cromossomos, ele é portador da Síndrome de Down (cerca de 3% dos casos de Síndrome de Down). Os casos de mosaicismo podem originar-se da não disjunção mitótica nas primeiras divisões de um zigoto normal.
•  mosáico: a alteração genética compromete apenas parte das células, ou seja, algumas células têm 47 e outras 46 cromossomos (ocorre em cerca de 2% dos casos de Síndrome de Down). Os casos de mosaicismo podem originar-se da não disjunção mitótica nas primeiras divisões de um zigoto normal. 

***saiba que não se trata do cromossomo 21 e sim do 22.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

MEMÓRIA


Memória
Memória a capacidade do sistema nervoso de adquirir e reter habilidades e conhecimentos utilizáveis, o que permite aos organismos vivos beneficiar-se da experiência
Modelo modal da memória o sistema de memória de três estágios, que envolve memória sensorial, curto prazo e longo prazo.
            Memória sensorial: memória para informações sensoriais, armazenadas brevemente em sua forma sensorial original.
            Memória de curto prazo: um sistema de memória de capacidades limitada, que mantém informações na consciência por um breve período de tempo.
            Memória de longo prazo: a armazenagem relativamente permanente de informações.

Mais ficou bem claro que a MCP não e um simples sistema de armazenamento, e sim uma unidade processadora ativa, que lida com múltiplos tipos de informação, como sons, imagens e idéias.
Memória de trabalho e um sistema de processamento ativo que mantém as informações “na linha”, para que possa ser usadas para atividades como solução de problemas, raciocínio e compreensão.
A executiva centra preside as interações entre os subsistemas e a memória de longo prazo.




Efeito da posição serial: a capacidade de lembra itens de uma lista depende da ordem de uma apresentação, com os itens apresentados no inicio ou no final da lista mais bem lembrados do que os do meio. Temos então PRIMAZIA e RECENTICIDADE.
*Memória de longo prazo se diferencia da de curto prazo pela duração e capacidade, ou seja, a de longo prazo consegue reter muito mais informação e tem maior duração sem a perda da mesma em curto período de tempo.
Quais são os estágios básicos da memória?
A abordagem informacional de processamento à memória contém três estágios básicos. A memória sensorial consiste em breves traços no sistema nervoso que refletem processos perceptivos. O material e transmitido da memória sensorial para a memória de curto prazo, um tampão limitado que mantém as informações na consciência por um breve período de tempo. Um modelo influente da MCP é a memória de trabalho, que envolve uma executiva central, uma alça fonológica e um bloco de notas visoespacial. A memória de curto prazo se limita a menos de sete porções de informação, provavelmente em torno de quatro. As regras de agrupamento são determinadas pelos significados fornecidos pela memória de longo prazo. A MLP é uma armazenagem ilimitada, relativamente permanente. Apenas as informações que são por algum motivo, significativas são armazenadas na MLP.

Memória explicita: os processos envolvidos quando as pessoas lembram informações especificas
Memória declarativa: a informação cognitiva recuperada da memória explicita; conhecimentos que podem ser declarados.
Memória episódica: a memória das nossas experiências passadas.
Confabulação: a falsa recordação de uma memória episódica.
Memória semântica: a memória do conhecimento sobre o mundo.

Memória implícita: é processo pelo qual as pessoas mostram uma intensificação da memória, em geral pelo comportamento, sem esforço deliberado e sem qualquer consciência de estar lembrando alguma coisa.
Memória de procedimento: um tipo de memória implícita que envolve habilidades motoras e hábitos comportamentais.
Consolidação: um processo hipotético que se refere à transferência de conteúdos da memória imediata para a memória de longo prazo.
Memória espacial: memória para o ambiente físico, que inclui coisas como localização de objetos, direção e mapas cognitivos.
Esquecimento: a incapacidade de recuperar memórias do armazenamento de longo prazo.
Transitoriedade: memória reduzida com o passar do tempo, tal como esquecer um enredo de um filme.
Desatenção: memória reduzida por não prestar atenção, tal como perder as chaves ou esquecer-se de um almoço marcado.
Bloqueio: incapacidade de lembrar informações necessárias, tal como não conseguir recordar o nome de uma pessoa que encontramos na rua.
Má atribuição: atribuir uma memória á uma fonte errada, tal como pensar que Richard Shiffrin é famoso.
Sugestionabilidade: alterar uma memória devido a informações enganadoras, tal como desenvolver uma falsa memória de eventos que não aconteceram.
Viés: influência de conhecimentos correntes sobre a nossa memória de eventos passados, tal como lembrar nossas atitudes passadas como semelhantes ás nossas atitudes atuais, mesmo que elas tenham mudado.
Persistência: o ressurgimento de memórias indesejadas ou perturbadoras que gostaríamos de esquecer, tal como lembrar uma gafe embaraçosa.

*Amnésia: déficits na memória de logo prazo, resultante de doenças, lesão cerebral ou trauma psicológico. Retrógada: perde informações passadas /anterógrada: a incapacidade de formar novas memórias.
Criptomnésia: um tipo de apropriação inadequada que ocorre quando as pessoas acham que tiveram uma idéia nova, mais apenas recuperaram uma idéia armazenada e deixaram de atribuir a idéia à fonte apropriada. 



Desenvolvimento cognitivo
E a maneira pela qual os indivíduos adquirem conhecimento sobre o mundo circundante ao longo do curso da vida.
Estudos transversais: compara pessoas de diferentes amostras ou idades.
Estudos longitudinais: examina os mesmos indivíduos ao longo do tempo.
Reflexos de orientação: a tendência dos seres humanos de prestar mais atenção a estímulos novos.
Habituação: um decréscimo na resposta devido à repetida exposição a um estimulo.
Poda sináptica: um processo pelo qual as conexões sinápticas do celebro que são frequentemente utilizadas são preservadas, enquanto as que não são frequentemente utilizadas são perdidas.
Assimilação: processo pelo qual uma nova experiência e colocada em um esquema.
Acomodação: o processo pelo qual um esquema e adaptado ou expandido para incorporar uma nova experiência que não se encaixa bem em um esquema existente.
**TOM (teoria da mente) = o termo utilizado para descrever a capacidade de explicar e predizer comportamentos em termos dos estados mentais de outras pessoas.

Piaget definiu quatro estágios do desenvolvimento cognitivo: o sensório-motor (0-2 anos), o pré-operatório (2-7 anos), o operatório concreto (7-12 anos) e o operatório-formal (12 anos em diante).
(0 a 2 anos) Sensório motor:
Os bebes adquirem informações sobre o mundo por meio dos sentidos e respondem reflexamente.
            Diferencia o self dos objetos / reconhece o self dos objetos e começa a agir intencionalmente sobre os objetos / adquire a permanência do objeto.
(2 a 7 anos) Pré-operacional:
As crianças pensam simbolicamente sobre os objetos, mais raciocinam com base na aparência, e não na lógica.
            Aprende a usar a linguagem e a representar objetos por imagens e palavras / o pensamento ainda e egocêntrico; tem dificuldades em assumir o ponto de vista dos outros / classifica os objetos por uma única característica.
(7 a 12 anos) Operacional-concreto:
            Pensar e compreender operações de maneira reversível.
            E capaz de pensar logicamente sobre objetos e eventos / atinge a conservação de numero (6), de massa (7) e de peso (9) / classifica os objetos de acordo com varias características e capaz de ordená-los em serie mais em uma única dimensão como o tamanho.
(12 anos em diante) Operacional-formal:
E capaz de pensar logicamente sobre proposições abstratas e de testar hipóteses sistematicamente.
Preocupa-se com o hipotético, o futuro e os problemas ideológicos.


A teoria de Piaget encontra-se no grupo das teorias cognitivo-evolucionistas, tendo como base os seguintes pressupostos:

a) o desenvolvimento inclui transformações básicas das estruturas cognitivas, que não podem ser explicadas por meio dos parâmetros da aprendizagem associacionista (reforço, repetição, punição, etc.), mas por parâmetros de totalidades organizativas ou sistemas de relações internas;

b) o desenvolvimento das estruturas cognitivas resulta de processos de interação entre o organismo e o meio em que a pessoa está inserida (interacionismo);

c) as estruturas cognitivas são sempre estruturas de ação sobre objetos que evoluem de esquemas sensório-motores para esquemas simbólicos;

d) o desenvolvimento das estruturas cognitivas leva a formas superiores de equilíbrio, o que otimiza a interação e a reciprocidade entre a ação do organismo sobre o objeto (ou situações) e a ação do objeto percebido sobre o organismo.

Em resumo, o desenvolvimento humano, para Piaget, consiste em se alcançar o máximo de operacionalidade em suas atividades motoras, mentais, verbais e sociais e a aprendizagem está intimamente relacionada a tal operacionalidade.



Vygotsky, em pareceria com Luria e Leontiev3, foi o fundador da Psicologia Sócio-histórica.
Os pilares básicos do pensamento Vygotskyano4 são os seguintes: - as funções
psicológicas têm um suporte biológico, pois são produtos da atividade cerebral; - o funcionamento psicológico fundamenta-se nas relações sociais
entre os indivíduos e o mundo exterior, que se desenvolvem num processo histórico e cultural, - a relação homem-mundo não é uma relação direta,
mas mediada por sistemas simbólicos, sendo a linguagem o mais importante.
Por volta dos dois anos de idade, o percurso do pensamento encontra-se com o
da linguagem construindo-se, por meio das interações sociais, o pensamento verbal e a
linguagem racional. Nesse momento, Vygotsky afirma que ocorre a transformação do ser biológico no ser sócio-histórico.

A zona de desenvolvimento proximal (ZDP) é formada pela distância entre o nível de desenvolvimento real, definido por aquilo que o sujeito já consegue fazer sem a ajuda de ninguém, e o nível de desenvolvimento potencial, definido pela capacidade de desempenhar tarefas com a ajuda de um membro mais experiente da cultura.

No que se refere à conceituação de infância, Vygotsky afirma que é um período culturalmente construído e que a construção de conceitos científicos pela criança, depende de um trabalho intencional do professor e/ou de outros membros mais maduros da cultura na Zona de Desenvolvimento Proximal.




Wallon

O desenvolvimento infantil é descontínuo e marcado por contradições e conflitos, gerados pela maturação fisiológica e pelas condições ambientais, o que gera alterações
qualitativas no comportamento da criança.
Para Wallon, que pretendia a gênese da pessoa completa, o desenvolvimento é
um processo descontínuo, não linear, e a passagem de um estágio para o outro é marcada por crises que afetam a conduta da criança. Essas crises, ora têm predominância de fatores afetivos, ora de fatores cognitivos.

Wallon propõe cinco estágios no desenvolvimento do ser humano:

O impulsivo-emocional (1º ano), com predominância dos aspectos afetivos, em que o bebê apresentará sua primeiras reações à pessoas, às quais são consideradas mediadoras da sua relação com o mundo físico. É um estágio de construção do sujeito, onde o trabalho cognitivo está latente e indiferenciado da atividade afetiva. Conflito de natureza endógena.

O sensório-motor e projetivo (até por volta do 3º ano), em que surge a inteligência prática e que a criança poderá dedicar-se à construção da realidade. Por meio da aquisição da marcha, a criança ganha maior autonomia para explorar objetos físicos e espaços. Também nesse estágio ocorre o desenvolvimento da linguagem, possibilitado pela construção da função simbólica que, inicialmente, projeta-se em atos, por isso a denominação de projetiva. Predominância funcional cognitiva. Conflito de natureza exógena.

O personalismo (dos 3 aos 6 anos), que se refere à formação da personalidade. Neste estágio desenvolve-se a consciência de si mesmo, mediante as interações sociais com os outros. Exploração de si mesmo. Início do emprego do pronome Eu. Predominância afetiva. Conflito de natureza endógena.

O categorial (dos 6 aos 11 anos), no qual a diferenciação da personalidade, conquistada no estágio anterior, possibilita grandes progressos intelectuais. Cresce o interesse pelo conhecimento. Construção das capacidades de seriação, classificação e categorização. Predominância das relações cognitivas. Os sentimentos são elaborados no plano mental. Conflito de natureza exógena.

O da puberdade e adolescência (a partir dos 11 anos), que é um estágio fecundo em conflitos. Retomada do conflito eu-outro, próprio do personalismo, agora desencadeado pela crise pubertária. Exploração de si mesmo com uma identidade autônoma, mediante atividades de confronto, auto-afirmação e questionamentos. Predominância afetiva. Conflito de natureza endógena. Apesar da proposição de estágios de desenvolvimento, Wallon afirma que há extrema dependência e estreita relação entre eles e que a criança é um ser integral. Para esse autor, estudar a criança, além de trazer compreensões sobre o psiquismo humano, contribui de forma significativa para a Educação. Ao contrário de Piaget, a preocupação pedagógica é presença forte na psicologia de Wallon.

****As teorias psicogenéticas de Piaget, Vygotsky e Wallon são interacionistas. Isso quer dizer que consideram a ação do meio e suas peculiaridades no desenvolvimento e na aprendizagem humana, pressupondo trocas ativas entre o organismo e o ambiente.